Os desdobramentos de suas aplicações e funcionalidades deram origem a um novo modelo social globalizado, identificando internacionalmente como sociedade da informação. Nessa nova realidade, os paradigmas da educação tradicional, baseados na educação compulsória e massiva para todos os estudantes, já não satisfazem. Um novo tempo, um novo espaço e outras maneiras de pensar e fazer educação são exigidos na sociedade da Informação. Portanto, pensar na realidade atual da educação, implica analisar o contexto das novas configurações sociais e de um novo patamar tecnológico.
Como a tecnologia eletrônica permite inventar uma realidade, é importante que nós, professores, percebamos que podemos ensinar nossos alunos a utilizá-la de modo a expressarem e produzirem bens culturais. Não vamos abandonar a leitura e a escrita verbal, ao contrário, vamos integrá-la à leitura e a escrita audiovisual e digital. Enquanto esta permite um ir e vir que responde aos impulsos imediatos do leitor e tem um significado instantâneo e volátil que atende à aprendizagem sensório-motora ou perceptivo-motora, não descartamos aquela, que exige concentração, sequência, lógica, concatenação de ideias expressas em frase, períodos e parágrafos necessários à aprendizagem simbólica-reconstrutiva. Ambas as abordagens possibilitam a conjunção de diversos tipos de inteligência e as diferentes competências individuais de forma colaborativa e integradora.
A questão da aprendizagem da leitura é a discussão dos meios através dos quais o indivíduo pode construir seu próprio conhecimento, pois sabendo ler, ele se torna capaz de atuar sobre o acervo de conhecimento acumulado pela humanidade através da escrita, e desse modo, produzir, ele também um conhecimento. A escrita é uma forma de comprovar o conhecimento, bem como o que falamos também fica registrado como o nosso saber. (MARTA INÊS).